7 de mai. de 2015

Como conciliar a evolução espiritual com os vícios e as deficiências morais?

"Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências". 

A citação acima, de Allan Kardec, no livro O Evangelho Segundo O Espiritismo, nos dá o norte do caminho espiritual. Estamos aqui, contando com o apoio da inestimável Doutrina dos Espíritos, para buscar melhorar e dominarmos, ou seja, nos sobrepormos com verdadeira força moral sobre os males que alimentamos há tempos imemoráveis - décadas, séculos ou milênios consecutivos.

Se precisamos melhorar é porque não somos perfeitos, concorda? O espírita não seria diferente. Na verdade, somos crianças espirituais. Estamos recém começando o processo de despertar da consciência, estamos recém saindo da animalidade e tentando sublimar os sentimentos.

Contudo, em uma única encarnação você não vai conseguir extinguir todos os vícios morais, todas as deficiências e deformidades que fazem parte da sua individualidade. A natureza não dá saltos e, por mais que se possa e deva progredir a cada vida, a perfeição é algo muito distante de nós.

A angelitude idem - não somos (infelizmente) e  só Deus sabe a quantos milênios de distância estamos dos anjos, os espíritos puros.

''O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que seriamente quer atingi-la.'' 
Allan Kardec na Revista Espírita de 1861.

É, negar isso é usar uma máscara de superioridade que não existe. Em um extremo, há aqueles que negam toda tentativa de ser melhor e valorizar o espiritual - negam a vida após a morte, ou/e negam Deus, insistem que somente os prazeres e as buscas materiais devem ser objetivadas na curta vida. Ainda irão despertar. Aqui ou em outro planeta, mas não estão isentos da Lei do Progresso.

No outro extremo, estão os que precisam esconder toda e qualquer característica que os fazem ser seres defeituosos. Negam os vícios e as más paixões, as mascaram para não serem criticados. Desta forma, não conseguem dominar nada! Mascarar não é dominar. Mascarar não é fazer esforço para se transformar.

Aceitar os defeitos, aceitar os vícios, compreende-los, analisá-los e a partir daí buscar concretizar as transformações que vão paulatinamente alterando a nossa realidade moral e espiritual. Isso sim é ser espírita, o resto... bem, nem vou fazer paralelo histórico.

A seguir, algumas leituras que serão úteis para complementar este texto. Recomendo que leia e não se esqueça que é bem-vindo para comentar abaixo, sempre que quiser.



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