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11 de jul. de 2016

Nós precisamos de paz

Paz. Palavra simplória. Palavra escanteada pelo subjetivismo desconsertante. 

O que é paz? Talvez a resposta varie muito conforme quem irá responder. Mas uma coisa é certa: todos concordamos sobre sua importância, variando, é claro, o quanto.

E o quanto você preza pela paz? Não estou falando de acabar com as guerras no Oriente Médio, restabelecer a ordem na Síria, exterminar o Estado Islâmico ou controlar as centenas de milhares de pessoas assassinadas friamente no mundo. 

Estou tratando do estado íntimo e individual de cada um de nós. Estado de espírito, estado de consciência, como queira dizer: é aí que a paz faz toda a diferença. 

Quem não tem paz - quem não vive EM paz -, vive mal. Vive perturbado por si mesmo. Pode ser pobre, rico, religioso, ateu, socialista, anarcocapitalista, índio, branco... 

Se você não possui a paz consigo, faça o que faça, estará infeliz. Nada será suficiente. Nada será o bastante a longo prazo. 

Eis porque, penso eu, buscamos vícios e mais vícios. Porque estamos buscando algo que nos contente, que nos preencha a existência. Ah! Ignorância. Ainda somos crianças espirituais... 

Não vamos encontrar a felicidade, a plenitude da vida, em nada que esteja fora de nós mesmos. Clichê, você pode pensar. Se é clichê, é porque já nos disseram inúmeras vezes e, em todas, fechamos os ouvidos.

Ok, ok. Nós precisamos de paz. Mas como conquistá-la? Não se compra no supermercado, não se acorda magicamente com ela. Como, então?

Estar em paz é estar com Deus. Estar em paz é estar em paz com Deus. Com a sua própria consciência, pois você é um só com Ele. Você é perfeito, como um diamante sendo lapidado. Você é Deus.










12 de set. de 2015

As lições que Deus nos dá sobre o amor

O sentimento mais valorizado pela humanidade, sem dúvida, é o amor. Teoricamente, é o mais importante paras a maioria das pessoas, mas estamos longe de ser uma sociedade planetária baseada neste tão grandioso sentimento.

Você já parou para pensar o que Cristo queria nos pedindo para amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos? Sem dúvida, é um pedido que, como esclarecido pela codificação espírita, resume todos os mandamentos. 

Entretanto, confundimos o incondicional e sublime amor com nossas paixões humanas, recheadas de imperfeições. Geralmente concorda-se que o amor de uma mãe por um filho/filha é a coisa mais próxima ao que realmente é o amor mencionado por Cristo. De resto, é difícil conseguir até um exemplo para fazer analogia: amor afetivo-sexual, amizade, etc., são sentimentos extremamente condicionais e passageiros.

Então neste post falarei com você justamente me referindo ao sentimento de amor de uma mãe por um filho. Seja você mãe ou não, é uma filha ou um filho. E, ainda se não é mãe, poderá ser um dia, ou um pai, o que peço que faça os devidos paralelos.

Muitas mães acreditam que fazer tudo por seus filhos é proporcionar a maior felicidade cabível ao momento. Essas mães trabalharam a vida inteira para dar aos filhos o conforto material possível e desejado, mesmo que muitas vezes ainda julgassem como insuficiente. 

Essas mães tentaram achar sim onde o mais previsto era um não. Colocaram-se a frente de problemas que não eram mais responsabilidade delas, plenamente possíveis de serem resolvidos pelos seus filhos... mas elas estavam lá, à frente. 

Mães que abdicaram em diversos momentos de uma vida particular em prol dos filhos. Preferiram construir o futuro dos filhos que o próprio presente delas. Sacrifício, sacrifício em muitos dias (incontáveis e costumeiramente ignorados pela sociedade - por nós, os próprios filhos dessas mães).

Tudo isso sem a sensação de pesar e irritação que inúmeros indivíduos teriam. 

Na verdade, os sacrifícios realizados por essas mães são incompreendidos por quase todos os encarnados que não elas mesmas. Foge à compreensão humana, porque não sabemos e não conhecemos o que é o amor. Algo próximo a isso, como o sentimento destas mães, já é suficiente para ser incompreensível.

Mas, se você leu o texto até aqui atentamente, vai ver que temos um problema! 

Mães, futuras mães, pais e futuros pais, da carne ou do espírito:

Não se coloquem diante de seus filhos os prevenindo de tarefas que pertencem à competência deles. Não acreditem que é mais importante um sim para satisfazer o presente que o não para um aprendizado intrínseco ao futuro. 

Não confundam proteção com superproteção. Respeitem o limite do que não cabe a vocês decidir e resolver por eles. E, nos momentos necessários, não deixem que a vontade de evitar atritos impeça que cumpram o maior desafio que têm para com eles: encaminha-los. 

Como mãe ou como pai, você é encarregado de encaminhar os espíritos confiados a sua responsabilidade. Fazer todo o possível para desvia-los de suas más tendências e colocá-los em uma estrada reta. Obviamente, em muitos casos, mesmo com todo o esforço dos pais, isso é insuficiente. Aí não é mais um problema destes, mas exclusivamente do espírito extraviado que não soube aproveitar as oportunidades.

Para encaminhar e ajudar verdadeiramente seus filhos, mães e pais precisam se espelhar profunda e -talvez - inconscientemente no próprio Criador.

Deus, como nosso Pai, não nos isenta das dificuldades necessárias ao crescimento espiritual. Deus não nos livra das consequências da semeadura, da lei da Causa e Efeito. 

Deus permite que nós, seus filhos, tenhamos provas e expiações para a depuração espiritual que nos levará até ele, conforme nossas próprias obras.

Mesmo diante de tudo isso, é bom lembrar que Deus nos ama incondicionalmente, de uma forma inexplicável à mentalidade humana. E por amor que Deus prefere nos ensinar com a vida. 

21 de jun. de 2015

Tentar entender Deus - história de Santo Agostinho


Eu já me flagrei tentando entender o Universo e Deus diversas vezes. Quase que diariamente, pelo menos uma vez, tenho que repetir a mesma história: não há como - ainda. A mente humana é muito pobre em conceitos e sentidos, inibida pela própria materialidade.

Santo Agostinho tinha esse mesmo ''problema''. Conta-se que um dia, em profunda reflexão sobre a natureza Divina, o teólogo e doutor da Igreja deparou-se com uma criança brincando na areia. Repetitivamente, corria com um copo na mão até um pequeno buraco na areia e ali despejava a água do mar.


Curioso, Santo Agostinho perguntou à criança o que ela pretendia fazer; ela lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraco. O filósofo explicou a impossibilidade de tal coisa. O menininho, então, transformou-se no espírito de um homem e disse que era mais fácil isso do que compreender Deus, e sumiu.

Fica a dica para você, caso tenha este costume também. Não adianta querermos aquilo que está tão distante, temos que trabalhar pelo presente, gradualmente dilatando nosso intelecto e moralidade.

Em O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se os Espíritos veem a Deus, e é respondido o seguinte; ''Só os Espíritos superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.'' Nós que ainda não alcançamos o patamar da superioridade espiritual, portanto, apenas sentimos Deus e isso nos basta.

Essa certeza e essa presença aparentemente invisível nos dão força nas situações mais problemáticas da vida. O que se dirá, então, quando o contato com a Divindade pode ser direto, pela desmaterialização do ser?

Leia ''O Pai nos espera'', que serve de complemento a este texto.

[Publicado originalmente em 11/11/13 e atualizado em 21/06/15.]