21 de jun. de 2015

Tentar entender Deus - história de Santo Agostinho


Eu já me flagrei tentando entender o Universo e Deus diversas vezes. Quase que diariamente, pelo menos uma vez, tenho que repetir a mesma história: não há como - ainda. A mente humana é muito pobre em conceitos e sentidos, inibida pela própria materialidade.

Santo Agostinho tinha esse mesmo ''problema''. Conta-se que um dia, em profunda reflexão sobre a natureza Divina, o teólogo e doutor da Igreja deparou-se com uma criança brincando na areia. Repetitivamente, corria com um copo na mão até um pequeno buraco na areia e ali despejava a água do mar.


Curioso, Santo Agostinho perguntou à criança o que ela pretendia fazer; ela lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraco. O filósofo explicou a impossibilidade de tal coisa. O menininho, então, transformou-se no espírito de um homem e disse que era mais fácil isso do que compreender Deus, e sumiu.

Fica a dica para você, caso tenha este costume também. Não adianta querermos aquilo que está tão distante, temos que trabalhar pelo presente, gradualmente dilatando nosso intelecto e moralidade.

Em O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta se os Espíritos veem a Deus, e é respondido o seguinte; ''Só os Espíritos superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.'' Nós que ainda não alcançamos o patamar da superioridade espiritual, portanto, apenas sentimos Deus e isso nos basta.

Essa certeza e essa presença aparentemente invisível nos dão força nas situações mais problemáticas da vida. O que se dirá, então, quando o contato com a Divindade pode ser direto, pela desmaterialização do ser?

Leia ''O Pai nos espera'', que serve de complemento a este texto.

[Publicado originalmente em 11/11/13 e atualizado em 21/06/15.]

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