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25 de nov. de 2013

Religião não é problema

Acusam as religiões de serem entraves na sociedade. Para isso, citam a homossexualidade - mal considerada por muitas -, o sexo, que é abordado de forma incabível por muitas outras, a preocupação com a moral - que, como já escrevi, é vista como um gravíssimo problema. Entretanto, queiram ou não ateus e pessoas sem religião, não irão acabar. Com certeza, passarão por reformas, e essas críticas terão utilidade.

O fanatismo, os crimes cometidos ao longo da História, a intolerância. Males causados pelo homem. Para acabar com isso, quem precisa se reformar é o homem, não as religiões terminarem. Reformando-se a si mesmo, e o progresso irrevogável o garante, não estarão mais presentes na Terra esses desvios, e as religiões poderão desempenhar apenas o bem que deveriam.

O papel da religião é ''unir as criaturas nos seus elementos essenciais, abrindo espaço para que se alojem nos seus arraiais aqueles que se afinam com os seus postulados, sem discriminar quem, para encontrar Deus, pense de maneira diferente'' (Vianna de Carvalho).

O mesmo espírito ainda diz: ''Nunca se  deve abdicar, porém, do direito da dúvida saudável, do cuidado em relação as revelações sensacionalistas e às opiniões precipitadas, nas áreas que compete à ciência e aos seus estudiosos opinar''.

Religião não é problema para a ciência, é problema para o materialismo. A ciência convencional baterá, cedo ou tarde, de frente com o mundo espiritual. Esperemos, não está tão distante, apenas os céticos fiéis continuam a negar.

Se não é problema, religião só é solução para quem está disposto a segui-la sem fanatismo, intolerância e hipocrisia. E, acima de tudo, a segui-la para melhor. Em outras palavras, o espírita só terá no Espiritismo um remédio a suas dores, dúvidas e problemas se permitir a ação benéfica da Doutrina em si mesmo, seu dia a dia particular.

Concluímos que as religiões devem ser o alicerce moral do homem neste mundo tão atribulado. O guia para a vida feliz, ou seja, aquela que esta de acordo com as Leis de Deus. A moral divina não é a dos homens, tão frequentemente falsa, mas a do próprio Criador, colocada em cada consciência. Ao contrária-la, não estamos indo contra a maré da religião, mas contra nós mesmos.

15 de nov. de 2013

A moral para o Espiritismo

Com a Igreja Católica, o cristianismo teve tempos obscuros. Não pela Igreja em si, mas as personalidades que a fizeram. Entre crimes, erros e absurdos cometidos pela vaidade humana, que não respeitou Cristo, pode-se dizer que a moral ganhou uma crise. A partir do momento em que a ''razão voltou'' e as artes não ficaram mais limitadas à teologia, os cidadãos mais racionais rebelaram-se contra à Igreja e, em alguns casos, contra a própria crença em Deus. Afinal, as Igrejas tinham ideologias irracionais e, muitas vezes, inaceitáveis a um olhar mais esclarecido.

Atualmente, existem pessoas que tremem pela palavra ''moral''. É uma ofensa. Estas, associam-na a a dogmas e preconceitos. A moral, contudo, não é nada disso. É um conjunto de valores, não feito pela cultura humana, e sim pertencente a cada consciência*, por onde Deus fala conosco pela intuição. De forma alguma desprezo a diferença de códigos morais em sociedades e em épocas diferentes. O homem desenvolve o que já está em seu íntimo. Ao fazer isso, níveis diferentes se apresentam, com tempos diferentes. Em certas culturas, a poligamia ainda é natural, enquanto que na maior parte do mundo vemos a monogamia em contraste. A escravidão podia ser normal no século XIX, hoje é vista como um contra-senso.

Paulo de Tarso disse, na Bíblia, que ''sem Lei não existe pecado''. Esta máxima quer dizer que, ao desenvolver os valores morais das Leis Divinas, o homem toma maior responsabilidade ao transgredi-los. Cada consciência culpa seus erros na medida em que estava deliberadamente no mal. Por isso, cada indivíduo é um julgamento para os próprios erros.

O homem progride intelectual e moralmente. Mais intelectualmente, mas em ambas as formas. Entretanto, poucos reconhecem o avanço moral inegável e que continuará acontecendo, junto ao intelecto, para a evolução da Terra. Sempre devemos estudar Jesus, pois ele, em sua magnanimidade, trouxe ao homem a verdade, isto é, as Leis Divinas, que inúmeras vezes insistimos em desobedecer.

*Observação: questão 621 de O Livro dos Espíritos. Outras questões pertinentes para a compreensão abrangente do assunto são: 614, 615, 616, 617, 618, 619 e 620.