Com a Igreja Católica, o cristianismo teve tempos obscuros. Não pela Igreja em si, mas as personalidades que a fizeram. Entre crimes, erros e absurdos cometidos pela vaidade humana, que não respeitou Cristo, pode-se dizer que a moral ganhou uma crise. A partir do momento em que a ''razão voltou'' e as artes não ficaram mais limitadas à teologia, os cidadãos mais racionais rebelaram-se contra à Igreja e, em alguns casos, contra a própria crença em Deus. Afinal, as Igrejas tinham ideologias irracionais e, muitas vezes, inaceitáveis a um olhar mais esclarecido.
Atualmente, existem pessoas que tremem pela palavra ''moral''. É uma ofensa. Estas, associam-na a a dogmas e preconceitos. A moral, contudo, não é nada disso. É um conjunto de valores, não feito pela cultura humana, e sim pertencente a cada consciência*, por onde Deus fala conosco pela intuição. De forma alguma desprezo a diferença de códigos morais em sociedades e em épocas diferentes. O homem desenvolve o que já está em seu íntimo. Ao fazer isso, níveis diferentes se apresentam, com tempos diferentes. Em certas culturas, a poligamia ainda é natural, enquanto que na maior parte do mundo vemos a monogamia em contraste. A escravidão podia ser normal no século XIX, hoje é vista como um contra-senso.
Paulo de Tarso disse, na Bíblia, que ''sem Lei não existe pecado''. Esta máxima quer dizer que, ao desenvolver os valores morais das Leis Divinas, o homem toma maior responsabilidade ao transgredi-los. Cada consciência culpa seus erros na medida em que estava deliberadamente no mal. Por isso, cada indivíduo é um julgamento para os próprios erros.
O homem progride intelectual e moralmente. Mais intelectualmente, mas em ambas as formas. Entretanto, poucos reconhecem o avanço moral inegável e que continuará acontecendo, junto ao intelecto, para a evolução da Terra. Sempre devemos estudar Jesus, pois ele, em sua magnanimidade, trouxe ao homem a verdade, isto é, as Leis Divinas, que inúmeras vezes insistimos em desobedecer.
*Observação: questão 621 de O Livro dos Espíritos. Outras questões pertinentes para a compreensão abrangente do assunto são: 614, 615, 616, 617, 618, 619 e 620.
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