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19 de set. de 2014

Destino e livre-arbítrio

Muitas pessoas acreditam que tudo em suas vidas foi decidido com antecedência, era para ser assim, e ponto final. Tal filosofia compromete a própria responsabilidade do indivíduo e a transfere para Deus, a Divindade, o destino.

Se raciocinarmos sob a ótica espírita (questão 851 de O Livro dos Espíritos), o destino é aquilo que escolhemos, as provas e expiações a serem passadas, as conquistas, os relacionamentos, etc... Todavia, o destino jamais será imutável.  

O suicídio pode ser a melhor exemplificação disso: ninguém encarna com o propósito de se matar. Poderia saber que sofreria em vida esta tentação, mas a escolha final é sempre nossa.

O livre-arbítrio, ou seja, o potencial de escolha que Deus nos dotou, molda constantemente o futuro, pois a lei da ação e reação é intransferível. 

O livre-arbítrio é a liberdade do indivíduo. O que fazemos, fazemos por comprometimento nosso. Parafraseando Sartre, não existe desculpa para o homem.

Então, afinal, deve-se ou não acreditar em destino?

Particularmente, acredito que o destino é, de certa forma, a idealização da nossa vida. Mas nada irá nos forçar a agir de tal ou tal modo. 

O futuro é algo que somente Deus conhece em sua plenitude, como Kardec coloca na questão 243 de O Livro dos Espíritos: 

243 – a) Os Espíritos chegados à perfeição absoluta têm completo conhecimento do futuro?       

 — Completo não é o termo, porque Deus é o único e soberano Senhor e ninguém o pode igualar.

Também sobre as provas a serem expiadas, pode-se pensar que estamos condenados a passarmos bem por umas e fracassarmos em outras. Outra vez, na questão 871, Kardec sabiamente interroga aos Espíritos, que deixam claro: o homem tem a liberdade de escolher entro o mal e o bem, sua derrota ou vitória, o que derroga, novamente, com a ideia de um destino fixado e imutável:

871. Desde que Deus tudo sabe, também sabe se um homem deve ou   não sucumbir numa prova. Nesse caso, qual a necessidade da prova, que nada pode revelar a Deus sobre aquele homem?         

- Tanto valeria perguntar por que Deus não fez o homem perfeito e realizado (item 119), por que o homem passa pela infância, antes de checar a idade madura (item 379). A prova não tem por fim esclarecer a Deus sobre o mérito do homem, porque Deus sabe perfeitamente o que ele vale mas deixarão homem toda a responsabilidade da sua ação, uma vez que ele tem a liberdade de fazer ou não fazer. Podendo o homem escolher entre o bem e o mal, aprova tem por fim colocá-lo ante a tentação do mal, deixando-lhe todo o mérito da resistência. Ora, não obstante Deus saiba muito bem com antecedência, se ele vencerá ou fracassará, não pode puni-lo nem recompensá-lo, na sua Justiça, por um ato que ele não tenha praticado. 


4 de jul. de 2014

Somos criadores do destino - você é o arquiteto de si mesmo

A palavra destino sempre causa polêmica. Podemos interpretar da seguinte maneira: existem fatos que acontecerão em nossas vidas; a hora de uma pessoa ''chegar'', uma oportunidade, uma missão, um problema etc. Podemos considerar isso como ''destino''.

Contudo, tudo é mutável. Uma pessoa que se comprometeu a ajudar um neto e teve um vício a vida inteira, suicidando-se por tal vício, que destruiu o seu corpo, não podendo ajudar esse neto, corrompeu o próprio destino (no caso, carma).

Deus, a inteligência primária e suprema, não controla a nossa vontade. Tudo no Universo obedece a sua ordem e Leis Eternas, mas em nenhum momento somos fantoches de Deus.

Se assim fosse, a vida não teria sentido. Nós não teríamos sentido. 

Existe o livre-arbítrio, você escolhe o que quer fazer, quando quer fazer. Pode tentar matar uma pessoa ou salvá-la - a decisão é sua.

Diariamente, arquitetamos o destino. Saldamos dívidas ou criamos mais carmas - evoluímos ou estacionamos no tempo.

Seja herói de si mesmo. O mérito será seu. 

Mas, se fracassar, como comumente fazemos em diversas situações que nos são oferecidas, tenha consciência de que também o mérito (não quero utilizar a palavra culpa, neste caso) foi seu.

Se o destino é mutável  e estamos a todo momento ou melhorando-o ou agravando-o, cabe a nós nos esforçarmos cada vez mais para o caminho certo, que conduzirá sempre o livre-arbítrio ao caminho do bem - às vezes sacrificatório, mas invariavelmente belo.