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3 de mai. de 2014

Ser espírita


O que significa ser espírita para você?


Conhecer a Doutrina dos Espíritos, seus ensinamentos e consolos inestimáveis, oferecem a quem segui-los o caráter de poder se melhorar (a reforma íntima). Isso é ser espírita, a busca incansável pela caridade pura, a indulgência, a dominância do espírito sobre a matéria.

Com o conhecimento, vem a responsabilidade. Não é incomum notar espíritas que mais se preocupam em dizer ''o que não é Espiritismo'' do que em trabalhar pelo mesmo, como fez seu codificador e tantos outros médiuns.

Há certa tendência de querer ''ser dono dos espíritos'' quando não aceitamos outras religiões espiritualistas, com metodologias diferentes do Espiritismo. Não vivemos em um mundo em que apenas uma doutrina e uma maneira de proceder servem.

E por isso Deus, em sua infinita misericórdia, enviou diferentes mensageiros para originarem diferentes crédulos, variando a intelectualidade e moralidade de cada um.

Citando Léon Denis, "a verdade assemelha-se às gotas de chuva que tremem na extremidade de um ramo; enquanto ali estão suspensas, brilham como diamantes puros no esplendor do dia; quando tocam o chão, misturam-se com todas as impurezas. Tudo o que nos chega do Alto corrompe-se ao contato com a terra; até o íntimo do santuário o homem levou suas paixões; as suas concupiscências, as suas misérias morais. Assim em cada religião o erro, fruto da terra, mistura-se à verdade que é o bem dos céus''.

A introdução deste texto poderia ser também a conclusão, pois cabe a nós escolhermos a verticalidade ou a horizontalidade, que é igualmente a incapacidade de compreender elementos abrangentes - como a própria verdade. Relativa e abrangente.

O maior exemplo que temos é Jesus. Portanto, sejamos espíritas cultivando o ensinamento primeiro do Mestre: o amor.

7 de fev. de 2014

Arrogância no meio espírita

''Auxilia-nos para que [...] o nosso destemor não se transforme em petulância.''


Eis o problema.


A citação acima é de uma prece do espírito Emmanuel, pelo médium Chico Xavier, no livro O Espírito da Verdade. O Espiritismo, como toda e qualquer religião do nosso planeta, tem uma Doutrina muito além do que a maioria de nós consegue vivenciar. Pela teoria, pelos exemplos que temos, deveríamos seguir um roteiro que nem sempre é o optado.

Escrevo me direcionando à arrogância, ao se considerar dono da verdade e único indivíduo correto do planeta, ou seja, a uma variante do egoísmo. Não apenas, direciono-me a tal realidade especificamente no meio espírita, pois é um mal interior que devemos extirpar, para a pureza da moral cristã, exercida pela alma com indulgência e benevolência, prevalecer sobre o ''homem velho'' que estamos deixando.

Quanto mais se lê, aprende e vivencia, mais expande-se a consciência. Contudo, ocorre uma distorção no caminho: aprendemos, vivenciamos hipocritamente e julgamos os outros. 

Não ensinamos nossos irmãos de caminhada pelas críticas desconcertantes e humilhações. Tampouco somos cristãos quando desprezamos a verdade alheia, sendo ela diferente da que temos como única. Ensinamos assim como aprendemos: dando o exemplo e respeitando incondicionalmente. 

Sem isso, somos ditadores e opressores de uma Doutrina que prega o contrário. A ignorância mais enraizada é a que temos como ilusão que realmente sabemos.

Como solicita Emmanuel, abnegadamente, não convertamos os nossos saberes em superioridade sobre os outros. Convertamos os nossos saberes em humildade de quem sempre tem para conhecer, pois somente o Pai tudo sabe. 

Sigamos nossa jornada de progresso moral e intelectual apoiados nos alicerces consoladores da Doutrina dos Espíritos que escolhemos, tendo em vista que não precisamos mudar opiniões ou ideias - sinal de  intolerância e insegurança.

Antes de todo o ato de julgamento ou tirania consciencial, remetamos o pensamento ao Cristo, que foi o mais completo e humilde dos homens, e aquele que temos por Divino Modelo, não nos cabendo persistir nas misérias morais do pseudo-sábio.