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3 de abr. de 2015

O Reino de Deus e a missão de Cristo em sua encarnação na Terra

Falar da vida de Jesus é algo inesgotável. Em primeiro lugar, porque não temos muitas informações. Temos, das Escrituras, o que a Igreja Católica julgou ser conveniente mostrar. Contudo, nos últimos tempos descobriu-se diversos evangelhos  nunca vistos anteriormente. Neste caso, cabe julgar e separar o joio do trigo.

Em segundo lugar, acredito que nossa evolução moral e intelectual não nos permite compreender a missão de Cristo em sua totalidade. Nossos saberes, neste aspecto, são limitados ao que conseguimos entender.

Entretanto, além do Evangelho, lendo a obra espírita Boa Nova, do espírito Humberto de Campos, pela mediunidade de Chico Xavier, uma coisa fica clara: Cristo veio à Terra implantar o Reino de Deus em nossos corações. Este árduo trabalho, que continua ativamente nos tempos de hoje, é uma evolução de âmbito pessoal, que reflete e refletirá em todo o coletivo, em toda sociedade e a forma de vivermos.

O Reino de Deus está ligado a nossa consciência espiritual e não é um sistema político, econômico ou qualquer coisa parecida. Refere-se, sobretudo, a vivência do evangelho de amor e caridade trazido pelo sublime médium de Deus. 

''Sentado como um peregrino, nas adjacências do Templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanã, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se-lhe com
orgulho:

 Galileu, que fazes na cidade?

 Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus!  exclamou o Cristo, com modesta nobreza.

— Reino de Deus?  tornou o sacerdote com acentuada ironia. E que pensas tu venha a ser isso?

 Esse Reino é a obra divina no coração dos homens!  esclareceu Jesus, com
grande serenidade.

— Obra divina em tuas  revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo.

E, continuando as suas observações irônicas, perguntou:

— Com que contas para levar avante essa difícil empresa? Quais são os teus seguidores e companheiros?... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?

 Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares  respondeu o Mestre com humildade.

 Sim  observou Hanã —, os ignorantes e os tolos estão em toda parte na Terra. Certamente que esse representará o material de tua edificação. Entretanto, propões-te realizar uma obra divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama? 

 Nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa-vontade. — Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou: Conheces Roma ou Atenas? 

 Conheço o amor e a verdade  disse Jesus convictamente. 

— Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo?  inquiriu Hanã, inquieto. 

 Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus  respondeu o Mestre, brandamente. O sacerdote o contemplou irritado e, dirigindo-lhe um sorriso de profundo desprezo, demandou a Torre Antônia, em atitude de orgulhosa superioridade.''

Que, simbolicamente, revivamos nesta Páscoa mais do que nunca e sempre o evangelho do Mestre em nosso dia a dia, sem esquecer que a salvação, a evolução, depende exclusivamente de nós. 

Perdoemos a ignorância dos que não sabem o que fazem, como nos ensinou o médium de Deus no martírio da cruz, para também sermos perdoados ante nossas deficiências morais, tão pertinentes. 

Em suma, nestes dias que nós, cristãos, de todas as religiões, tanto refletimos sobre os dias finais de Jesus em sua passagem terrena, e sua exemplificação da vida eterna, também resgatemos interiormente o esforço pela implantação do Reino Deus em nós mesmos, tão necessitados que somos de viver em paz com a nossa consciência, em paz com o Criador. 

Paz esta que jamais será ociosa, e sim aprimoramento e caridade. Que Cristo nos abençoe! 

18 de abr. de 2014

O legado de Cristo em nós

Há dois momentos durante o ano em que lembramos e refletimos mais a encarnação de Jesus na Terra: o Natal e a Páscoa - ambos, infeliz e inevitavelmente, deturpados pelo sentido materialista dos presentes e chocolates.

A Páscoa é, muitas vezes, fúnebre. Afinal, ainda carregamos o peso do crime. A vinda de Jesus foi planejada durante pelo menos dois milênios, sendo o principal marco da história humana. Contudo, você já parou para pensar o que o sacrífico de Cristo, suas palavras atemporais com a retribuição de uma crucificação, acrescentaram ao seu ser?

Jesus é o espírito mais evoluído que conhecemos. Não é Deus, pois sua humildade sempre deixou claro que estava servindo a Deus, servindo ao Criador, ao Pai. Ele orienta, com inúmeros falangeiros do bem, a evolução de nosso planeta, sendo por isso o Guia dos Guias, o Mestre dos Mestres - orienta até mesmo os Espíritos Superiores, que incansavelmente nos exemplificam sua superioridade.

As passagens e parábolas de Jesus por muito tempo continuarão estando a nossa disposição para o adiantamento espiritual. Sempre continuaremos com o seu apoio, pois ''nenhuma ovelha se perderá do rebanho''.

É necessário não apenas lembrar, mas vivenciar o Evangelho, as ''boas notícias'' de Jesus para o nosso espírito, dirimindo gradualmente a ignorância que nos pertence por séculos de orgulho e egoísmo.

As lições de Cristo para nós são simples, acessíveis e compreendíveis. O que temos de fazer com elas, a inadiável reforma íntima, é escolha nossa, e é o legado de Jesus para cada um que escolheu servir com ele através de suas obras.

Que hoje e todos os dias lembremos daquele que por amor a nós se submeteu à carne, foi machucado, humilhado, abandonado pelos homens e crucificado com coroa de espinhos, mas, já em meio ao sangue que escorrida e o corpo que cedia, nos deu o último exemplo: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem''.