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1 de fev. de 2016

Religião e a cegueira espiritual: Em busca da Verdade

Não há Religião superior à Verdade
(Lema da Sociedade Teosófica.)


Atualmente, vivemos uma época em que grande diversidade de religiões convivem enfaticamente em uma mesma região: o Brasil abarca de fiéis católicos e protestantes fervorosos até um imenso contingente de espíritas, umbandistas e praticantes do candomblé.

Isso tem gerado um cenário interessante. Muitos indivíduos estão conseguindo olhar a ''verdade'' parcelada de cada religião, isto é, praticam e seguem uma, mas sabem reconhecer o valor de outras. Isso não é quebra de fidelidade doutrinária, isso é bom senso. Vale citar Leon Denis:

"A verdade assemelha-se às gotas de chuva que tremem na extremidade de um ramo; enquanto ali estão suspensas, brilham como diamantes puros no esplendor do dia; quando tocam o chão, misturam-se com todas as impurezas. Tudo o que nos chega do Alto corrompe-se ao contato com a terra; até o íntimo do santuário o homem levou suas paixões; as suas concupiscências, as suas misérias morais. Assim em cada religião o erro, fruto da terra, mistura-se à verdade que é o bem dos céus.''

Fazendo uma conclusão prática: nenhuma - repetindo: nenhuma - religião possuí a verdade absoluta. As religiões apresentam parcelas da verdade, cada uma no grau, contexto e entendimento que necessita alcançar para os seus adeptos. Isso funciona desde o judaísmo até o espiritismo.

Como lidar com tudo isso? Pode parecer um pouco complicado pensando deste jeito. E, realmente, dependendo do ponto de vista, podemos dizer que é complicado. Eu disponibilizo a seguir um raciocínio pessoal que gostaria que você estudasse criticamente. Não espero que concorde, mas que o analise ''desapaixonadamente''. É meramente a ilustração de um pensamento, de um raciocínio gerado por mim, portanto, não o veja sem olhos críticos.

Teoria da Pirâmide Supra Religiosa




















Na base da pirâmide está a consciência individual, humana - está cada um de nós, criação. No meio da pirâmide encontraríamos a religião adotada por essa mesma consciência em questão. Se você é católico, o catolicismo, se você é umbandista, a umbanda, e assim por diante. No topo da pirâmide teríamos os mesmos elementos acreditados pela sua religião, mas separados dela; exemplo: Deus, que está acima de qualquer preceito religioso. 

O meio da pirâmide é o intermediário: a religião nos liga, ou melhor, nos religa. Com o que ou quem? Com Deus. A religião é um meio, não um fim. É um método, às vezes grosseiro. É um ritual com fim de nos despertar a espiritualidade superior. 

E o topo da pirâmide? O topo é a crença que supera e transcende qualquer religião. É o fato de você não estar cego ou fechado inteiramente em uma religião, pois sabe que sua fé está firmada em algo que vai além disso.

Deus é inexpressavelmente maior que qualquer filosofia ou doutrina religiosa, por exemplo. O topo da pirâmide permite que você respeite e, mais do que isso, compreenda as outras religiões e filosofias espirituais.

Como Jesus, O Cristo, nos ensinou há dois milênios: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Não existe libertação em meio ao circunscrito, ao fechado.

Fazendo uma segunda conclusão: a religião é um meio com o fim de nos religar com Deus; o topo da pirâmide é a fé que nos sustenta além dessa própria religião, é a nossa compreensão de mundo e disponibilidade de compreensão de mundo que independe desta religião. É não estarmos cegos e circunscritos a exclusivamente uma forma de pensar. 







30 de ago. de 2015

Reflexões sobre a intolerância religiosa

Tudo em excesso faz mal. Essa afirmação, se analisada, tem uma grande verdade consigo. Até mesmo a fé, quando desmedida, possui o seu lado negativo: fanatismo. Desde tempos remotos os homens vivem em confusão pelo confronto de crenças, mas vou abordar apenas o aspecto atual.

Quando o Espiritismo foi codificado por Kardec, sofreu muitas críticas da Igreja Católica, além do próprio materialismo. Hoje, mais de um século passado, a crítica não vem mais de instituições como as Igrejas, mas das pessoas que não se enquadram na realidade atual, que é de respeito e tolerância. Ou um ensaio para isso (um dia devemos conseguir alcançar esse estado!).

Desnecessário citar números, analisemos que o Brasil tem muitos católicos, protestantes e espíritas, entre outros. Muito diferentes entre si, mas essencialmente com o mesmo objetivo. Nenhuma detém exclusivamente a verdade, pois o homem corrompe os ensinamentos do Alto na medida que intenta entende-los - a compreensão humana é limitada.

Então por que haver intolerância religiosa, como ainda vemos, mesmo em um país tão diversificado? Quando vamos parar de implicar com o que o outro pensa e acredita, a ponto de querermos mudá-lo? Será que estamos assim tão avançados para nos colocarmos com árbitros da consciência alheia?  

O indivíduo intolerante é como um homem que venda os olhos. Pode ver, mas não quer. Ao retirá-las, começará a enxergar mais. Compreendemos que a diversificação religiosa atual não é por acaso. Cada um está na Doutrina que precisa e e adequá-se.

Se você é feliz no Espiritismo, respeite quem é feliz na Umbanda, e vice-versa, valendo para quaisquer religiões no lugar das citadas. Querer mudar a filosofia do próximo é uma agressão. Uma agressão a sua consciência, que deve ser respeitada, por mais errônea que você julgue que ela esteja. 

Quanto aos que não respeitam sua religião, achando-se únicos filhos de Deus, igualmente tenhamos compreensão. As vendas que usam não serão eternas! A ignorância em que se encontram é muito mais prejudiciais a eles mesmos.

Estamos menos preconceituosos e com menos ideias velhas, fixas e ignorantes. Nossas verdades inabaláveis estão cada vez mais fracas para as trocarmos por princípios realmente verdadeiros. Para isso, a intolerância não se pode fazer presente. E a fé que deve nos mover, e que tem fé inabalável não precisa querer extinguir a fé do outro, mesmo que seja diferente.

[Postado originalmente em 20/11/13 e atualizado em 30/08/15.]

20 de fev. de 2015

Por que tanta discórdia, ódio e violência?

Vivemos em um planeta repleto de interdependências. O mundo físico e o mundo extrafísico, também conhecido como astral, não são isentos de uma ligação até muito direta.

Os nossos pensamentos criam egrégoras (leia mais sobre isso clicando aqui) em todos os ambientes que estagiamos. E a Terra também possui uma espécie de grande egrégora, uma atmosfera resultante da psique geral da humanidade.

E o quanto dessa energia coletiva não é de violência, direta ou indireta, verbal ou não verbal, descontrolada ou premeditada?

Tudo parece ter que odiar algo hoje em dia. Algumas feministas deixam de lado a causa feminista para exclusivamente odiar - o dito sistema, os homens, etc., etc.  

Certos religiosos deixam de lado a causa maior de suas religiões para odiar os descrentes de suas doutrinas, os céticos, os críticos, aqueles que simplesmente pensam diferente e manifestam-se respeitosamente. 

Alguns ateus igualmente dedicam boa parte do seu tempo para odiar as religiões, os fiéis e tudo que não vai como gostariam que fosse no campo das crenças.

Homens de esquerda e direita satisfazem-se em um jogo mesquinho de briga constante nas redes sociais e outros meios, para ver quem está incrivelmente certo e quem está ridiculamente errado. E haja blasfêmia contra Karl Marx, contra o sistema.

Veja bem, não me refiro a você ter opinião e manifestá-la. É quase que uma obrigação social fazermos isso - não que sejamos obrigados, mas como vivemos em sociedade e não sozinhos, seria o ideal.

Refiro-me à pura intolerância. A incansável busca por querer provar que está certo e convencer o resto da humanidade disso. Ao sentimento de ódio contra quem pensa diferente. 

Você já parou para entender o seu ''adversário ideológico''? Por que ele pensa assim? Será que ele simplesmente está errado e pronto? Ou também possui alguma razão? 

Faça esses questionamentos. QUESTIONE O SEU EGO.

Quem quer estar sempre certo, sempre com a razão, sempre com a superioridade, é o seu ego. Quem inibe rever pontos de vista, onde devemos mudar e melhorar, é o ego. O ego que alimentamos durante milênios. 

Realmente, desconstruí-lo não é muito fácil. Queremos ser imponentes. Manter uma personagem que não existe. Sim, adoramos nos vestir de uma personagem extraordinária - muitas qualidades e bens invejáveis. Os defeitos? Só aqueles que engrandecem mais ainda - ''tenho personalidade forte'', ''gosto de tudo perfeito'', por aí vai...

Ah, como somos tolos. Sim, somos muito egocêntricos ainda. Não vamos em uma encarnação nos tornar espíritos puros. 

Mas podemos sim, aqui e agora, porque o único tempo que existe é o agora, começar ou continuar o trabalho de desconstrução (perdão se o termo não é o mais adequado) deste ego que nos freia a evolução espiritual e nos impede de nos sentirmos como parte do todo.

Somos todos filhos de um mesmo Criador. Somos todos únicos e diferentes, mas ligados por uma força muito maior. 

E quando deixamos de lado a discórdia e o instinto tão primitivo do orgulho, que nos separa e afasta, como se realmente fôssemos inimigos uns dos outros, então podemos sentir essa ligação superior. 

Quem sabe daqui em diante não nos esforcemos para tentar no dia a dia, entre familiares e amigos, colegas e estranhos, fazer prevalecer a paz ante qualquer tipo de violência?

Precisamos urgentemente de paz - e ela não vem do exterior. Está no íntimo de cada um de nós. Está, sobretudo, na consciência. Quando nos sentimos conectados com Deus e com o Universo, com a tranquilidade de quem fez e faz o que pode, por si e pelo seu próximo, então estamos em paz.

Tal paz é irradiada para quem convive conosco. É dessa paz que o planeta precisa. É de união e superação do próprio orgulho e egoísmo para o bem do próximo.

Somente assim vamos impedir que a dor venha ter um papel ainda mais avassalador no processo de regeneração da Terra. 

Diariamente, nos regeneremos em busca de paz e amor - sem confundir isso com inércia, apatia e estagnação -, para que amanhã a psique da Terra seja de muito mais felicidade do que desespero e aflição.

Obrigado por ler até aqui.

25 de nov. de 2013

Religião não é problema

Acusam as religiões de serem entraves na sociedade. Para isso, citam a homossexualidade - mal considerada por muitas -, o sexo, que é abordado de forma incabível por muitas outras, a preocupação com a moral - que, como já escrevi, é vista como um gravíssimo problema. Entretanto, queiram ou não ateus e pessoas sem religião, não irão acabar. Com certeza, passarão por reformas, e essas críticas terão utilidade.

O fanatismo, os crimes cometidos ao longo da História, a intolerância. Males causados pelo homem. Para acabar com isso, quem precisa se reformar é o homem, não as religiões terminarem. Reformando-se a si mesmo, e o progresso irrevogável o garante, não estarão mais presentes na Terra esses desvios, e as religiões poderão desempenhar apenas o bem que deveriam.

O papel da religião é ''unir as criaturas nos seus elementos essenciais, abrindo espaço para que se alojem nos seus arraiais aqueles que se afinam com os seus postulados, sem discriminar quem, para encontrar Deus, pense de maneira diferente'' (Vianna de Carvalho).

O mesmo espírito ainda diz: ''Nunca se  deve abdicar, porém, do direito da dúvida saudável, do cuidado em relação as revelações sensacionalistas e às opiniões precipitadas, nas áreas que compete à ciência e aos seus estudiosos opinar''.

Religião não é problema para a ciência, é problema para o materialismo. A ciência convencional baterá, cedo ou tarde, de frente com o mundo espiritual. Esperemos, não está tão distante, apenas os céticos fiéis continuam a negar.

Se não é problema, religião só é solução para quem está disposto a segui-la sem fanatismo, intolerância e hipocrisia. E, acima de tudo, a segui-la para melhor. Em outras palavras, o espírita só terá no Espiritismo um remédio a suas dores, dúvidas e problemas se permitir a ação benéfica da Doutrina em si mesmo, seu dia a dia particular.

Concluímos que as religiões devem ser o alicerce moral do homem neste mundo tão atribulado. O guia para a vida feliz, ou seja, aquela que esta de acordo com as Leis de Deus. A moral divina não é a dos homens, tão frequentemente falsa, mas a do próprio Criador, colocada em cada consciência. Ao contrária-la, não estamos indo contra a maré da religião, mas contra nós mesmos.