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13 de fev. de 2015

Emmanuel sobre o Carnaval: um atestado da miséria moral da humanidade

Texto do espírito Emmanuel, sob a psicografia do médium Chico Xavier, publicado na Revista Reformador em fevereiro de 1987.


''Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral.''

25 de jan. de 2014

Carnaval: desregramentos que devemos evitar

"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Paulo de Tarso. I Coríntios. 6,12.

Como presenciamos todos os anos, mais um Carnaval aproxima-se. A ''festa da carne'', como os espíritos a reconhecem, é vitrine para muito do que a humanidade ainda tem de pior. Em meio à festa, alguns ''convidados especiais'', como espíritos densamente doentes, revestidos de animais, mas embriagados pela mesma ''felicidade'' que os homens encarnados ali se entregam.

Sem conhecimento não há verdade. Sem verdade não há lei. Sem lei não há pecado. Portanto, esvoacemos as cortinas da ignorância, para que a consciência não erre por falta de instrução. Na era atual, isso é incabível.

Este texto é um ''xeque-mate''. Escrevi sobre drogas - álcool, nicotina etc. -, sobre vícios morais da alma, sobre problemas envolvendo a sexualidade e a banalização do sexo. Como você já pode ter observado, tudo o que marca a ferro o Carnaval. 

Basta observar para concluir. Estimula-se demais as sensações e a eroticidade durante o referido período, como se todo o país estivesse envolvido por um mar que sufoca algo mais elevado.

O radicalismo é um mal para as religiões, para qualquer doutrina. Fugir de festividades não o faz superior à ninguém, porque não garante, efetivamente, sua superioridade moral. Contudo, somos espíritas cristãos em idade espiritual suficiente para entendermos o que nos convém ou não, como indicou o apóstolo Paulo de Tarso. 

Durante à festa da carne, rememoremos o espírito. O materialismo poderá pulsar o quanto quiser à porta, mas a escolha de abri-la pertence exclusivamente a nós. Quando as más paixões perturbam, o caminho é elevar o pensamento ao Alto. 

Enquanto houver ódio, rancor, discórdia, vícios e tentações, deverá haver prece ao Pai e ao Mestre. Lembre-se sempre disso, pois o livre-arbítrio é a sua Lei e as escolhas são as suas testemunhas.