O orgulho machuca muito. Direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente. Pode passar em branco à mente, que não percebe o que instala súbitos mal estares: mas, não raro, é ele a causa.
O orgulho deságua em escolhas ruins, fazendo-nos traçar o que podemos dizer que há de pior. Em suma, confunde-se com a cegueira.
A cegueira espiritual, guiada pelo orgulho, materializa catástrofes comuns e danosas: em relacionamentos, nos projetos e trabalhos, de dia e de noite. Sem trégua, lucramos prejuízos.
Tal cegueira nada mais é do que não querer enxergar o que precisa ser visto. Quando o que precisa ser visto fere nossas pretensões absolutistas (de controle, estabilidade, superioridade, etc.), o orgulho é a arma de defesa: melhor não ver, não aceitar, não entender.
Negar. Negar. O orgulho nega.
O orgulho é a negação da verdade. Só a verdade liberta. Só a verdade vai nos libertar do que não queremos enxergar: desde os mais simples e normais acontecimentos do cotidiano, até o que consideramos como realidades grandiosas.
Enquanto preferirmos não aceitar e negar, lutaremos com esta arma chamada orgulho. Mas, cuidado, porque ela costuma ter a pontaria voltada para quem atira.
O orgulho dói, é o tiro invisível que damos em nós mesmos. Então, por favor, sejamos a favor da verdade, da compreensão que consegue transcender os desejos contraditados.
Se não aconteceu como você queria, se não é como você queria, se não está como você queria... não utilize a arma chamada orgulho. Reconheça e reconheça-se.
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