Somos espíritos comprometidos com a Lei de Ação e Reação, também conhecida como lei de Causa e Efeito, de Justiça, etc., enfim, a lei que garante ao universo o equilíbrio. Por ela, quem faz o mal recebe o mal, quem faz o bem, recebe o bem. Simples e independente das vontades humanas.
Felizmente, contamos com a misericórdia divina e a possibilidade de cobrir as multidões de pecados com o amor (Pedro) - na verdade, é o amor que rompe o carma. O sofrimento cármico é um indicativo necessário. O amor é o remédio da alma.
Voltando aonde quero chegar: nós, espíritas e espiritualistas, geralmente somos consciências culpadas. Falhamos muito. Cometemos excessos e desvirtuamos as religiões judaico-cristãs por onde passamos nas reencarnações pretéritas.
Construímos em nossas almas doenças impossíveis da medicina terrena atual sequer catalogar precisamente: arrogância, orgulho, egoísmo. Doenças morais enraizadas ao longo de muitas vidas.
Mas ninguém foge da Lei do Progresso. Nenhum espírito permanece indefinitivamente na ignorância. Somos impulsionados incessantemente para o reerguimento de nossas consciências.
E um dia cansamos. Cansamos de persistir na loucura do egoísmo, da vaidade insana e da maldade sombria. Para chegar a esse cansaço foi um longo caminho - e um importante passo.
Não somos seres angelicais. Não temos virtudes - isto é, força moral - à ostentar com firmeza. A humildade, a bondade, a indulgência, entre outras, são relativas e pouco consolidadas em nosso íntimo.
Mas caminhamos! Seguimos tentando acertar mais e errar menos. Tentamos dobrar o orgulho e o egoísmo, mesmo que à custa de sacrifícios e fracassos.
Ainda sim... continuamos divididos entre o Velho e o Novo da realidade que queremos alcançar. Talvez, por enquanto, nossa única qualidade de fato seja querer abandonar o mal.
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