É raro conseguirmos passar pelo menos um dia sem proferirmos uma enorme quantidade de queixas e lamentações de toda ordem. Não são nem duas nem três vezes que costumamos reclamar diariamente - são muitas.
Estamos a todo instante procurando justificar os erros e desencontros, usando como desculpas motivos extremamente infantis diante das dificuldades pelas quais não conseguimos transpor, seja isso pela preguiça. covardia ou puro desinteresse.
Tentar se fazer de vítima para aliviar a sua insatisfação consigo próprio nunca será um bom caminho. Em primeiro lugar, porque logo adiante a razão vai fazer aquele velho chamado do bom senso. Bom senso que dirá, quando estivermos conscientes o bastante, a obviedade da verdade. As desculpas aleatórias não terão mais valor neste momento - você entenderá que os supostos impedimentos não constituíam impedimento algum, que os motivos elencados por você, na verdade, eram desculpas, e assim por diante.
Se deparar com a verdade muitas vezes significa assumir que você errou. E errou porque você errou. Achou redundante? Mas é isso que quero dizer. Encarar a verdade de cara limpa geralmente custa caro devido a ser desagradável. Incomoda.
Existe um contexto para você ter errado; todos nós temos esse contexto que pode impulsionar o sentimento de empatia e misericórdia, ou seja, a base da indulgência. Entretanto, este contexto que dá um entendimento do seu erro não é sinônimo para pensar que ele basta para explicá-lo.
O livre-arbítrio é um dos princípios da vida espiritual. Algo que irrita muitas espiritualistas, religiosos e materialistas. Porque dizer que nós temos livre-arbítrio e o que acontece conosco é consequência deste livre-arbítrio é o mesmo que afirmar que nós somos cem por cento responsáveis pela nossa vida.
Você é responsável pela sua situação econômica, social e física. Não é o outro, nem os outros. Você é responsável pela sua felicidade ou infelicidade. Pelo que conseguiu e o que não conseguiu também.
Agradável de entender? Tenho certeza que não. No fundo, gostamos de dizer que somos vítimas das circunstâncias, de reclamar do destino, de dizer que se esse último fosse diferente, então teríamos uma vida melhor, etc. Ignoramos que somos mais que um corpo de uma reencarnação - somos um ser espiritual milenar.
Reafirmo: somente quando o espírito está disposto a realmente elevar o seu nível consciencial da realidade é que para de se colocar como vítima, pobre coitado ou injustiçado. Abandona o vitimismo em prol de aceitar a vida como ela de fato é - regida pelas eternas e intransponíveis Leis Naturais, as Leis de Deus, inscritas em nossa sagrada consciência.
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