16 de jan. de 2015

Culpa, perturbadora culpa!

O arrependimento é uma das forças motrizes do progresso espiritual que estagiamos. Mas não devemos confundir isso com o sentimento de culpa. 

Pelo contrário, a culpa é um sentimento que flagela a alma. Não motiva o acertamento do erro, mas cobra constantemente o culpado, como se tal mecanismo fosse reparador.

Em realidade, sabemos que todos nós erramos - e muito. Uns mais, outros menos. Para haver libertação do erro, a ausência de culpa é imprescindível. 

Mas a culpa não é necessária em alguns casos?

Em alguns casos, é tênue a linha entre arrependimento e culpa. Grandes crimes e atos inconsequentes que geraram desastres, por exemplo. Mas todo o ser possui o direito de se arrepender e consertar aquilo que precisa para sua purificação. 

A ação, então, é o jeito encontrado pelo espírito para aliviar sua ânsia espiritual, que o perturba sem trégua. Ajudar ao próximo é sempre benéfico, em qualquer situação, e principalmente nessas. 

Todos podem se arrepender e, com ajuda espiritual, progredirem. Mas aqui não me refiro apenas a atos muito graves. Também falo daquelas culpas que carregamos inconscientemente. Algumas até mesmo são banais.

Quem tenta ser perfeccionista repara mil erros em tudo que faz. Está sempre se culpando, porque as coisas não estão perfeitas. 

Mas você não é perfeito! Está longe da perfeição, e não irá a alcançar nesta vida.

Portanto, lembre-se sempre que o seu dever é ser tão bom quanto você pode - e quanto pode, é uma resposta que exige muito autoconhecimento para ser respondida sem ilusões.

Não existe pecado sem reparo. Todo o ato desarmônico pode ser revertido de forma harmônica. 

A misericórdia de Deus nunca deixa de atender aos seus filhos, se assim demonstrarem com sinceridade.

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