8 de ago. de 2014

Por que nos desviamos?

Orai e vigiai, aconselhou Jesus. E inegavelmente precisamos de ambas as coisas. A prece para refazimento espiritual e a vigilância para com os nossos sentimentos, atos e, principalmente, pensamentos. 

No primeiro século do Espiritismo, inúmeros espíritos encarnaram com o propósito de trabalharem pela causa do Consolador. Incontáveis homens e mulheres saíram preparados de colônias do mundo espiritual para acenderem suas luzes no mundo terreno.

Contudo, quando se viram novamente na carne, a maioria não fez nem metade do que pretendia e poderia. Infelizmente, até, muitos se desviaram completamente. 

Este exemplo, que é só um exemplo do que continua acontecendo e pode estar acontecendo conosco neste exato momento, evidencia como somos frágeis para o mal e distantes do bem que idealizamos.

Temos propósitos. Alguns, conscientes, outros nem tanto, mas todos temos propósitos e chances de melhorarmos e trabalharmos pelo melhoramento extra pessoal - pelo melhoramento do outro.

O que não podemos fazer é esquecer tal verdade e visarmos apenas as satisfações materialistas e superficiais do mundo. Em outras palavras, nos acomodarmos espiritualmente e viver buscando apenas ascensão material e social.

É fácil ser bom e elevado em uma colônia equilibrada, amparado por amigos espirituais lado a lado. Realmente meritório é ser bom para si mesmo e aos outros em um mundo que coloca isso como um verdadeiro desafio diário. 

Ser espiritualista não é viver esquecido do mundo, rejeitando a vida normal, considerando-se acima dos outros. Muito pelo contrário.

Ser espiritualista e, no meu caso e provavelmente no seu, ser espírita, é ter a consciência de que o espírito é mais importante que a matéria. Ter o conhecimento da simplicidade e colocá-lo em prático, prezando aquilo que poderemos levar conosco depois da passagem para a verdadeira vida.

Em resumo, voltamos às simples e honestas palavras do Divino Mestre: Vigiai. A vigilância verdadeira é sobre unicamente si mesmo, cuidando para que a trilha seguida seja a correta e desejada, e não a infrutífera trilha que exige do seu caminhante o retorno para o início e o recomeçar, agora mais cansado, mas também mais experiente.

Trilhe o caminho certo, o caminho do bem. Tal caminho para você somente você sabe, pois é a sua consciência que deve ser ouvida.

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