Estima-se muito a fala. Esta habilidade, imprescindível para a vida em sociedade, não foi adquirida à toa. Mas muitas vezes a desperdiçamos seriamente. Dizemos coisas que magoam ou influenciam negativamente as pessoas, liberamos um ''veneno sonoro''.
Saber quando falar e o que falar é necessário. Sem isso, se é vítima da própria ignorância maledicente. Contudo, nem sempre há o que falar. Por isso existe o silêncio. Desvalorizado para alguns, inestimável para quem já conseguiu reconhecê-lo.
Quantas vezes não ouvimos o que não queremos, o que nos fere de algum modo? Antes de pensar ''não levo desaforo pra casa'', pense: quem me ofende está doente. Sim, todo agressor é um doente. Nós mesmos, se repararmos quando fazemos tais coisas, veremos que estamos ''doentes da alma'' no momento.
Para quem ofende, sendo vítima do próprio fracasso interior, uma resposta ao mesmo nível é um jogo que perpetua ''indecididamente'' a tensão. Mas com o silêncio, outro tipo de resposta é dada. Inacessível, não raro, à própria interpretação da consciência no momento.
Aceitemos que, algumas vezes, não há o que responder. Compreender o valor do silêncio é um pulo após compreender o valor da fala. Um se liga ao outro. No equilíbrio dinâmico do Universo, estamos sempre de acordo com as escolhas que fazemos. Você já escolheu não revidar desequilíbrio com desequilíbrio?
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