Somos mais de 7 bilhões de mentes encarnadas, nenhuma igual, todas com o mesmo propósito - pena que, grande parte, inconsciente. Contudo, há conveniências que mais parecem grilhões, mantendo círculos viciosos de inferioridades. Isso se dá desde o berço à escola, ao trabalho, aos ambientes em geral. Não há escapatória, estão aí. Cada um segue na medida que opta.
Não beber? Mal visto. Estudar? Mal visto (os que falam, preocupam-se em aconselhar o indivíduo a fazer outras coisas também, mas não se preocupam a incentivar os que não estudam...). Ser educado sempre? Que chato! A valorização do errado é uma maneira de o ego não baixar. A consciência sempre aponta nossos erros, portanto, quando erramos temos a intuição de tal, não queremos que os outros acertem para não ficarem acima de nós. Pode parecer perverso, porém, com uma análise a fundo, você poderá chegar ao mesmo resultado.
Ser diferente não constitui problema. E ao dizer ser diferente, não me refiro ao estilo curioso de roupa, gosto musical ou culinário alternativo. Refiro-me integralmente aos aspectos morais, aos hábitos, às escolhas. É difícil, existe sempre pressão para atender ao ''normal''. Força - outra palavra não me vem à cabeça para descrever a situação com sinceridade - é necessária para que não fiquemos ressentidos daquilo que realmente consideramos certo, para que não caiamos nas ordens comuns.
A Terra não precisa de pessoas que deixem suas vozes sufocadas pela passividade e indiferença, mas sim que falem mais alto que o superficial, imediatista e frívolo. Não importa se a maioria será surda ou até mesmo sarcástica, isso faz parte.
O parágrafo anterior não deve ser confundido com ditadores dogmáticos, sem indulgência ou compreensão ao próximo. Não se trata de posse exclusiva da verdade e do certo, e sim do despertar da consciência. Já está na hora, trabalhemos por nós e os outros que se encontram mais fechados, porque por este estágio todos já passamos - e fomos ajudados.
Estamos em fase de descoberta e desenvolvimento da espiritualidade interior. A futilidade e a banalidade de um mundo que é ditado por regras sociais não raramente desprezíveis pela imaturidade do globo são bloqueios, amarras. É vital preferirmos a voz do Espírito a voz de padrões. Ninguém encarnou para mudar e se encaixar em uma sociedade deficiente. Encarnamos para nos encaixar, sim, mas nas Leis Divinas, que dão ao homem a paz e a fortaleza inabalável, e que desobedecemos insistentemente a séculos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário