Entre tantas religiões, escolhi o Espiritismo, e talvez você também. Frequentar uma casa espírita, ler obras da Codificação e relacionadas etc., são elementos que dão o suporte moral e intelectual da Doutrina dos Espíritos. Entretanto, tudo isso para quê, com qual objetivo?
O Espiritismo é uma forma de nos melhorarmos. Allan Kardec disse que ''"reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações". É necessário interiorizamos, isto é, vivermos os ensinamentos que temos. A reprodução desses aprendizados tem como fim levar a mais pessoas os assimilarem, não ficar estagnado no intelecto. O Evangelho deve ser entendido pelo coração.
Como já falei em outros textos, isso não é querer ser um espírito perfeito (aliás, o que abrange coisas inimagináveis a nossa mentalidade), e sim melhor. Caminho longo, com obstáculos, entraves e oferta de desvios. A reforma íntima - tão sabiamente valorizada - não é fruto de pouco esforço. Exige, sim, mas nada impossível. E o que ela exige é a perseverança, pois não dura pouco tempo, a resiliência, a fé sincera e raciocinada, sem dogmatismo e escravização da consciência.
Nos dias de hoje, vemos hipocrisia religiosa em todos os crédulos. A arte de falar - o que eu faço aqui, aliás - sobre moral é fácil, difícil é querer trazer de forma sincera e verdadeira ao espírito. Escrevi sobre pornografia, o que seria impossível fazer se consumisse tais produtos. Devemos sempre buscar as Divinas máximas cristãs em nós mesmos, antes de querermos mudar os outros.
A Doutrina Espírita deve fazer no homem mudanças, dilatar sua consciência e desabrochar suas sublimes potencialidades, muitas vezes obscurecidas pelo materialismo ao qual se compraz. Aprender e viver, eis o sucinto lema dos espíritas verdadeiros, com a indulgência que não faz apologia e com a compreensão a todos os nossos irmãos.
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