Quando se tem um certo conhecimento da realidade espiritual, também por outras religiões, é comum automaticamente ligarmos boas ações a futuras recompensas: menos ''dívida'' em nossa consciência, boa condição após o desencarne etc. Evidentemente, fazer o bem gera o bem para o agente. Entretanto, é esse o motivo que devemos nos ater?
Jesus, governador espiritual da Terra, não possuía dívida alguma e já era um espírito sublimado quando fez o seu divino sacrifício. Como sempre, devemos seguir o exemplo do Mestre. Com a nossa evolução, as expectativas ao fazer o bem vão ir desaparecendo, até isso ser natural, instintivo, mas racional.
Por que não começar agora? A caridade livre de intenções pessoais e feita sem preconceitos, sem olhar a quem, é aquela nos ensinada por Jesus.
Fazer o bem é um motor inerente ao espírito cristão, que já entendeu o lado cósmico da vida. Gera uma felicidade inexplicável a quem só enxerga bem-estar no contentamento pessoal, no gozo de si mesmo. Existe uma frase emblemática do grandíssimo Mahatma Gandhi: Quem não vive para servir, não serve para viver.
Se fôssemos mais cristãos, nos procuraríamos menos em obter um céu de sombra e água fresca, para construirmos a cada dia um novo céu onde havia inferno. Afinal, como muito bem coloca o espírito André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, a nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A caridade pura, indulgente e desinteressada não é um dever. É um caminho apontado por todos os sábios espirituais que já passaram pela Terra. Cabe a nós decidirmos se queremos segui-lo, ou melhor, quando vamos querer segui-lo, e compreender a enorme dimensão que há em nossa vida, que seria tão pequena e fútil se fosse apenas para interessar a nós mesmos!
[Post original em 06/11/13 e atualizado em 19/07/15.]
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