A corrupção política tem amplo destaque no Brasil. São tantos escândalos que as pessoas nem ligam mais, é rotineiro. Lutar contra? Para quê? Incabível. É como se a corrupção houvesse sido aceita. A única coisa a ser feita é reclamar, reclamar e reclamar. Reclamar inclusive de quem pacificamente protesta. Todavia, se a preguiça e o comodismo contribuem para esta realidade, as ações, e ouso a dizer hábitos, de nossa sociedade não se distanciam de uma esfera tão poluída de corrupção quanto à política.
O governo representa literalmente o povo. Em cada estágio é um Estado diferente, de acordo com o nível do país. Acredito que o governo será limpo e transparente quando majoritariamente a população for assim. A democracia grega, preconceituosa e limitada, era avançadíssima para sua época. O direito de votar, na contemporaneidade, se faz mero recurso de ideais muito mais nobres, já que o contexto atual é superior.
Hoje, o cidadão que fura fila, não emite multa ao amigo ou se beneficia de tal ato, passa no sinal vermelho deliberadamente, fecha os olhos a crianças se envolvendo com drogas, usa o conhecido ''gato'' de televisão e impostos públicos, sonega impostos, entre tantas outras coisas, pode reclamar do engravatado do Congresso? Os Espíritos ensinam que os defeitos que apontamos nos outros são formas de mascarar os nossos. É uma relação a ser feita.
De forma alguma faço apologia à corrupção política. Minha crítica consiste em crer que, para defendermos dignamente um Estado decente, precisamos estar despojados de cânceres como os atos referidos no parágrafo anterior. Dar atenção a isso é se preocupar com a própria política, pois nós elegemos os nossos representantes. Corrupto por corrupto não muda nada.
Para exigirmos ética e honestidade precisamos ser éticos e honestos. Aí, sim, temos autoridade moral para falar. É necessário nos colocarmos de um lado - o lado do correto, justo e transparente, ou o lado do jeitinho, das menores propinas, dos considerados insignificantes desvios e corrupções.
Se a humanidade se encontra em uma crise moral, sem dúvida deságua na política. Aqueles que deveriam nos representar estão imersos em um mar obscuro de interesses pessoais, desinteresse pelo povo e maldade. Cabe a nós fiscalizarmos e não deixarmos que façam o que querem com o Brasil. Isso mesmo que você leu. Cabe a nós nos fazermos ser ouvidos.
A esfera política teme os protestos e revoltas do povo porque constituem uma arma difícil de ser superada. Se, ao contrário, nos abatermos para o mal, para as injustiças, para os erros daqueles que devem zelar pela ordem pública, estaremos sendo coniventes com o mal e apáticos em um dos momentos mais tensos que o planeta Terra passa.
Tenha consciência política e não se cale frente à desordem. Muitos espíritos intentam prejudicar os bairros, cidades, estados e até o país inteiro através do caos na política. Seja você mesmo uma pessoa consciente e ativa frente a tudo isso. Mobilize-se com as armas da razão e da ética cósmica que deve reger a nossa vida em todos os âmbitos.
[Publicado originalmente em 13/11/15 e atualizado em 09/08/15.]
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