Capa de uma edição moderna |
Hoje, 18 de abril de 2015, lembramos afetuosamente da publicação da primeira edição de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, na capital francesa Paris.
Naquela época, espíritos eram quase que exclusivamente associados ao sobrenatural. O mundo dos espíritos era compreendido apenas por uma elite espiritual e as massas dormiam na ignorância.
Não que o Espiritismo tenha inventado algo - a reencarnação, vida após a morte, corpo espiritual, etc., tudo isso alguns já sabiam e outros poucos compreendiam há milênios, mas, enquanto humanidade, a ignorância se fazia muito mais forte que qualquer esclarecimento. O próprio cristianismo fora intensamente deturpado e modificado para atender a vaidade e insânia dos líderes religiosos.
Surge, então, no auge do materialismo, sob a ebulição científica vivida na época, o Consolador prometido por Cristo: o Espiritismo. O missionário Allan Kardec, preparado para esta missão por séculos e encarnações consecutivas, executa um dos trabalhos intelectuais mais admiráveis que temos conhecimento.
Kardec usou de sua força moral inabalável, espírito sério e disciplinado para organizar as reuniões mediúnicas mais célebres, provavelmente, que já aconteceram neste planeta, e levar a bilhões de espíritos - encarnados e desencarnados, ontem e hoje e amanhã - a base imortal do conhecimento da realidade espiritual da vida, traduzindo com o bom senso o Evangelho cósmico do Cristo.
Não era e não é mais tempo de cegueira, dogmas irracionais, domínio de consciências, falso moralismo e crenças vulgares... Com as obras de Allan Kardec, uma estrutura irrepreensível se coloca como requisito básico para o espírito faminto de conhecimento.
O Livro dos Espíritos é objetivamente o despertar de uma nova era. Vemos, sem devaneios, perguntas e respostas dignas da mais atenciosa reflexão, com observações valiosas da racionalidade e empatia do mestre lionês.
Deus, o princípio, mundos habitados, reencarnação, vida espiritual, escolha das provas, emancipação da alma, intervenção dos espíritos, as leis divinas, as esperanças e os consolos espirituais... Tais temas e todos os outros são abordados com inédita liberdade e racionalidade, modificando nossos pré-conceitos e ideias errôneas acerca do desconhecido.
O tempo passará e O Livro dos Espíritos continuará atual, sendo necessário recorrermos a sua leitura ainda muitas vezes, assim como as demais obras da Codificação, até que nossa intelectualidade espiritual já tenha guardado de forma vivaz seus conceitos e preceitos, indispensáveis para o saber transcendente.
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