Uma das conquistas graduais do espírito, ao longo de sua trajetória evolutiva, é a capacidade de amar. Contudo, não falo do sentimento romantizado, aquele de relacionamentos muitas vezes passageiros. O amor considerado só consigo explicar com dois exemplos: Deus e Jesus.
Espíritos sublimados, como já descreveu André Luiz em sua série de livros, têm um sentimento livre de julgamentos e desmedidas infantis. É incondicional, como o exemplo do Mestre. Acima de todos, ainda há o de Deus. Tal sentimento, francamente falando, passa longe dos espíritos deste planeta, até de quem se considera um pouco evoluído. Isso não deve servir de empecilho, ao contrário: estamos constantemente a caminho.
O amor (repetindo, é preciso se livrar da visão estereotipada) é o ato de silêncio para quem o xingou, os cuidados desinteressados ao doente, a doação da comida sem que o faminto precise, em gesto humilhante, esticar sua mão; é ouvir seu próprio familiar ou amigo, poupando-o de críticas inúteis. É o perdão sincero.
Erramos tanto e, incansavelmente, temos as oportunidades Divinas para o progresso, não deixando indiferente nossos deslizes, mas nos dando sempre o recomeço. Inspiremo-nos, pois isso é uma das formas de termos a mínima noção do amor angélico e divino. Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei, disse Jesus. Sigamos, portanto, o mandamento cristão, entendendo que o amor exige muita abdicação e dispensa do egoísmo e da ignorância.
Se todos os dias procurarmos, gradativamente, amar do jeito que Cristo nos ensinou, transformaremos a multidão de pecados que nos segue em obra redenta. Procurar a dor enquanto há a solução do amor é burrice. É hora de aceitarmos consciencialmente a rota para uma vida mais feliz, ou seja, de acordo com ensinamentos do Mestre, resumidos no amor.
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