A dolorosa crucificação de Jesus, muito lembrada na Páscoa pelos cristãos, põe muitas dúvidas nas cabeças das pessoas. O Mestre, que fez um sacrifício pessoal de vir à Terra encarnar para nos mostrar o caminho, em uma época em que a ignorância se fazia muito grande, sofreu e se machucou por todos nós.
Vejamos uma breve elucidação espírita sobre o assunto, presente no livro Os Mensageiros, do espírito André Luiz (psicografia por Chico Xavier):
''[...] Sabemos que Jesus penetrou na glória sublime logo
após a suprema dor do Calvário; entretanto, estamos ainda a vê-lo
freqüentemente pendurado na cruz, martirizado pelos nossos
erros, flagelado pelos nossos açoites, porque a visão interior a isso
nos compele. A condenação do Mestre foi um crime coletivo e
esse crime estará conosco até ao dia em que nos vestirmos na
divina luz da redenção.''
Talvez Jesus na cruz seja o símbolo religioso mais conhecido do mundo. Ao custo de sua dor, temos os esclarecimentos essenciais para a nossa evolução. Hoje, com o Consolador prometido por Jesus para quando a Terra estivesse um pouco mais moralizada e intelectualizada, temos outra ferramenta para o avanço com Cristo:
Questão 627 de O Livro dos Espíritos: ''Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa? - Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam. A nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.''
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