25 de out. de 2014

A falsa ideia dos ''líderes espirituais''

Comumente, nós nos apegamos a seres que classificamos como superiores, e neles depositamos nossa inteira confiança. Pode ser um pai, uma mãe, um amigo, ou, no caso aqui retratado, pessoas tidas como guias espirituais (encarnados).

Primeiramente, peço para que não se confunda com os guias espirituais desencarnados, como normalmente empregamos esta expressão, isto é, os espíritos superiores que nos auxiliam, nem mesmo aqueles que trabalharam em prol da espiritualidade a nível global, como Gandhi, Chico Xavier, Allan Kardec, entre outros missionários.

O Espiritismo não tem hierarquia formal. O que significa que não existe espírita superior a espírita. Existe presidente de centro espírita, coordenador, expositor espírita, e todos respeitamos tais funções, bem como se deve admiração aos que cumprem bem suas missões.

Mas nenhum espírita tem o direito de influir sobre você de maneira opressiva. Em outras palavras, você não pode jamais deixar de pensar, agir e decidir por si próprio. Quando nos submetemos aos outros, estamos ferindo a nossa liberdade, impedindo o crescimento espiritual - sufocando a evolução.

Somos falíveis. Possuímos, todos, más paixões e defeitos a serem consertados. Por mais que uns mais capacitados e instruídos, devendo, portanto, servirem e trabalharem segundo suas utilidades, tenhamos o entendimento de que guia perfeito e incorrigível é somente Cristo, o verdadeiro Mestre.

Jesus é o modelo da humanidade, como afirmaram os Espíritos na Codificação. Ele, e mais ninguém, nos aproxima da verdade, porque nos aproxima de Deus.

Jesus é a vida, a verdade e o caminho porque possui o seu Deus interior desperto. Nos auxiliando, conseguimos, aos poucos, nos desvincilhar das velhas ilusões e caminhar com os próprios pés, tendo em vista que a verdade referida pelo Mestre está dentro de nós, posta pelo Criador através da consciência.

Ninguém poderá auxiliar você querendo colocar decisões em seu caminho ou indiscretamente obrigá-lo a fazer algo. Tão pouco exigindo a compatibilidade total de crenças e ideologias.

Cego não deve guiar cego. Somos todos irmãos, em uma jornada que exige amor, respeito e tolerância. Que o nosso guia maior seja Jesus, pois ele mesmo disse há dois milênios: ''ninguém vem ao Pai, senão por mim''.

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